Quem costuma frequentar os estádios de futebol tem visto cada vez mais mulheres torcendo pelo seu clube do coração, e no Banpará Baenão não é diferente. São azulinas nas arquibancadas cantando, vibrando e empurrando o time dentro de campo.
Na última partida em Belém, em parceria com o Batalhão de Polícia de Eventos (BPev) e apoio da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Pará e da Federação Paraense de Futebol, o Clube do Remo aderiu à campanha "Todos contra a importunação sexual nos estádios de futebol ".
Na tarde da última segunda segunda segunda (18), a diretoria de Responsabilidade Social do Remo junto à Polícia Civil se reuniram para dar mais um passo importante nessa luta e a campanha foi estendida até o final da Série B e Copa Verde.
E nesta terça (19), na estreia do Leão pela Copa Verde, sob o slogan "Importunação sexual é crime. Não faça parte desse time", no Banpará Baenão, realizará ações preventivas contra a cultura do machismo nos estádios, com a presença de equipes no combate à violência contra a mulher. Também haverá uma equipe apta para atuar repressivamente em casos de situações flagranciais detectadas no local, e haverá ainda a distribuição de panfletos informativos sobre o crime de importação sexual previsto no artigo 215 A, do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão.
A ação visa não apenas combater os casos de assédio, mas informar às mulheres quais são os direitos que têm e onde devem recorrer em caso de ocorrências. A campanha também tem papel importante para chamar a sociedade para participar da proteção das torcedoras, que merecem todo o respeito, seja na arquibancada, na rua, entre outros locais.
Na camisa dos jogadores também está estampada uma campanha.
Importunação sexual
É importunação toques sem consentimento, esbarrões com intenção maliciosa, falas em relação à vestimenta da mulher, palavras que denigram a imagem da mulher, olhares insistentes, palavras de cunho sexual, piadinhas, xingamentos, etc.
Previsto na Lei n. 13.718 / 2018 a pena varia entre 1 e 5 anos de prisão, podendo ser aumentada em caso de agravantes.
Denúncia
As denúncias podem ser feitas no local ou por meio do Disque-denúncia 180 e via aplicativo Whatsapp (91) 8115.9181, de forma anônima, por meio da inteligência artificial "Iara".
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